O Conto da Aia: a série da HBO baseada em um livro
Provavelmente para quem viu a série justamente no ano do seu lançamento, também sentiu aquele nó na garganta depois de ver como seria o mundo de Gileade. De fato, a ideia de um mundo distópico no qual nem todas as mulheres são férteis serviu como argumento principal para a criação da sociedade de Gileade. Contudo também aponta de maneira direta os problemas sociais de igualdade de gênero que ainda presenciamos nos dias de hoje.
Nesse sentido, O Conta da Aia sugere como um dos países mais liberais do mundo reagiria a uma crise social deste tamanho. Ou seja, a história se desenvolve nos EUA, que agora se chama Gileade e onde a mulher é vista com propriedade do estado.
De livro a série
Decerto um dos mercados mais promissores do momento consiste nas plataformas de serviço streamming. Contudo isso não poderia ser assim se não fosse por séries tão bem elaboradas e produzidas.
Por isso que a HBO recebeu uma enorme quantidade de prêmios derivadas de suas produções, como Game of Thrones e o Conto da Aia. Ademais de uma boa produção e uma interpretação impecável de Elisabeth Moss, o Conto da Aia possui uma excelente história. Nela, autora Margaret Atwood utiliza um mundo distópico para tocar mais uma vez no problema social recorrente: a igualdade de gênero.
As coisas mais devastadoras da série estão baseadas em acontecimentos reais
Justamente por trazer o telespectador para o mundo distópico de Gileade, o terror que causa o Conto da Aia é fundamento na ideia de ser uma história futurista. Embora a maioria das coisas que ocorrem na série são inimagináveis de acontecerem a escritora deixou claro que queria se basear em alguns acontecimentos reais.
Ou seja, as cenas mais horríveis da série são baseadas em acontecimentos reais. Dessa forma, em um momento de uma de suas entrevistas ela conta: “Eu coloquei uma regra para mim mesma na hora de escrever: apenas incluir situações que os humanos já viveram no passado.”
Elisabeth Moss, a grande estrela de o Conto da Aia
De fato a série não teria atingindo tanta notoriedade apenas pelo argumento, mas uma combinação de vários fatores. Desse modo, um dos mais relevantes foi a escolha acertada do elenco e do incrível poder de perserverança e empatia que a personagem de June transmite.
Além do mais, em uma entrevista para a Time, Moss e Atwood garantiram que a atriz havia filmado a série sem maquiagem. “Bruce Miller, roteirista e diretor, disse que sentiu que desta forma a atuação era mais direta, pois sentia cada gesto e cada expressão que seu personagem sentia”, explica o autor. “Não havia nada entre mim e a câmera”, acrescentou Moss.
Por que a autora ambientou O Conto da Aia nos Estados Unidos?
Apesar de sua origem canadense, Atwood tinha uma justificativa lógica para estabelecer Gileade nos Estados Unidos. Ou seja, já ela não poderia imaginar que um regime totalitário tão extremo pudesse governar um país como o Canadá.
Portanto em uma entrevista ela a afirma: “Devo dizer que a resistência a algo assim seria muito forte em Quebec. Ademais o Canadá tem sido historicamente um lugar de refúgio. Decerto, por isso que na série as pessoas também fogem para o país.”